quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Vírus do "eu não sabia" ataca jornais de Minas

Aécio e Natália: os dois também não sabem de nada

A síndrome do “eu não sabia”, que tem no presidente Lula seu paciente mais notório, está se espalhando por vários cantos do Brasil. A epidemia é causada por um vírus fatal, que sofre mutações a cada minuto. Os mais novos contagiados são os veículos de comunicação de Belo Horizonte. Mensalão tucano? Dinheiro público desviado por Marcos Valério para Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia e até para o atual governador Aécio Neves? Na capital do silêncio, ninguém conhece essa história, divulgada por vários veículos de imprensa nacionais.

Os três principais jornais impressos, Estado de Minas, O Tempo e Hoje em Dia, fontes de informação para boa parte da população, ainda não tomaram conhecimento do envolvimento do PSDB com a concepção do esquema que mais tarde seria aprimorado pelo PT. Diante de uma procura incessante e frustrada por informações sobre o caso nas páginas das referidas publicações, só há um diagnóstico: é o vírus do “eu não sabia” atacando também a imprensa.

O hospedeiro da doença, senador Eduardo Azeredo, realizou um tour pelos jornais na semana passada. Cumprimentou especialmente os jornalistas da editoria de Política e conversou por longas horas com os diretores de redação. Depois disso, não houve como escapar da doença. As autoridades na área de Saúde Pública divulgaram uma nota informando que o vírus não pode ser controlado e deve atingir toda a população até o fim desta semana.

O governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, ainda não foi questionado sobre o dinheiro que recebeu do valerioduto, já que a imprensa mineira não sabe de nada. Tudo aponta para que o nosso playboy presidenciável, neto de Tancredo Neves, continue sua rotina sem que ninguém o incomode com a pergunta sobre a descoberta da Polícia Federal. Enquanto isso, ele desfila com a elegância de Juscelino Kubitscheck com a quase miss universo Natália Guimarães. Só para constar, ela também desconhece a história.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Alicia Silverstone comanda protesto no Brasil


Vídeo de Alicia Silverstone defendendo vegetarianismo

A estrela de Hollywood Alicia Silverstone, de 30 anos, resolveu tirar a roupa para fazer uma campanha a favor do vegetarianismo. A jogada publicitária que usa a eterna ninfeta do filme “Patricinhas de Beverly Hills” foi planejada pela ONG Peta, defensora dos direitos dos animais. Uma das peças é um vídeo que será veiculado na televisão norte-americana, em que Alicia aparece nua falando sobre as vantagens de ser vegetariana. “Fisicamente os efeitos são incríveis. Estou bem melhor do que antes”, diz.

Uma campanha para promover o vegetarianismo não é problema algum. A única pergunta que fica no ar é o que a nudez tem a ver com isso. O Peta sempre realiza campanhas usando essa mesma estratégia. Sem qualquer roupa, integrantes do movimento costumam invadir eventos com grande visibilidade levando uma mensagem escrita num cartaz. Pessoas chamam mais atenção se estiverem peladas. Isso é verdade. Se estivessem com roupa seriam pouco notadas.

A tática parece contraditória. A causa é séria, mas as ações se aproveitam de uma fraqueza do ser humano em relação ao pudor para atrair os olhares do mundo. “Assista o vídeo sexy de Alícia, dirigido pelo aclamado diretor Dave Meyers”, diz uma mensagem no site da ONG. Vale dar uma olhada para aprender algumas estratégias. Por fim, uma sugestão. Vamos convidar a Alicia Silverstone para comandar um protesto no Brasil. Imagine a cena: Ela invade o Senado Federal totalmente pelada. Na mão direita, uma placa com os dizeres “Fora Renan”. Funcionaria?

domingo, 16 de setembro de 2007

Políticos mineiros de olho em Mônica

Enquanto Brasília concentra as atenções do país com uma encenação de queda de braço, a pivô do caso envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Mônica Veloso, está refugiada na pacata Belo Horizonte. Não haveria lugar melhor para morar neste momento conturbado do que a terra onde a política é um jogo teatral de preparação para 2010, em que o ator principal consegue alterar ideologias partidárias em nome de um projeto nacional.

Nossa próxima capa de Playboy mora em um luxuoso edifício no fim da Avenida Francisco Deslandes, no bairro Anchieta, região Sul da capital mineira, que por aqui é o habitat da elite mais abastada financeiramente. A musa já se tornou figura badalada na high society de Belo Horizonte. O aluguel do apartamento e o condomínio somam pouco mais de R$ 2,5 mil. E quem está pagando um preço tão modesto assim?

O cachê do ensaio de nu artístico seria suficiente, mas não se pode esquecer que mulher como Mônica, que atrai todos os olhares quando põe um biquíni e vai tomar sol na piscina do prédio onde mora, sempre tem uma fila de financiadores. E, geralmente, estão ligados à política. Dizem que o primeiro na capital federal foi Luiz Eduardo Magalhães, deputado e filho falecido do coronel ACM, que agora tomou o mesmo rumo.

Aecinho, nosso governador playboy, já deve estar de olho, mas os assessores focados no projeto presidencial não vão deixar que ele cutuque um vespeiro tão perigoso. O prefeito petista quase tucano Fernando Pimentel também não arriscaria sua campanha para o Executivo estadual. Nessas horas, antigos caciques mineiros podem voltar a dar as caras, em busca de alguma visibilidade. Alguém aposta em Newton Cardoso?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Schin vai regar segunda festa de Renan

Depois de escapar do primeiro processo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) comemorou com os comparsas que o livraram da cassação. Um dos participantes mais recatados da festa foi o relator do segundo processo contra o presidente do Senado Federal, o senador João Pedro (PT-AM). Ele já adiantou que deve arquivar as denúncias feitas pelo PSOL.

A representação trata do suposto beneficiamento da empresa Schincariol junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Calheiros também é acusado de grilagem de terras em Alagoas em parceria com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que está sendo investigado no Conselho de Ética da Câmara.

A turma do corporativismo já deve estar preparando uma outra festa para o dia da segunda absolvição do presidente do Senado. Só que, dessa vez, o evento será regado a Nova Schin, a cerveja preferida dos parlamentares brasileiros. Para os que não são adeptos de bebidas alcoólicas, haverá também a Itubaína, o primeiro refrigerante produzido pelo Grupo Schincariol, sucesso desde 1954.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Mônica Veloso fará filme para Calheiros

Na sessão (semi) fechada de ontem no Senado Federal para decisão sobre o mandato de Renan Calheiros (PMDB-AL), uma provocação feita pelo próprio acusado chamou atenção. O alvo do olhar enigmático foi Pedro Simon (PMDB-RS). “A Mônica Veloso tem uma produtora. Eu poderia ter contratado a produtora dela para fazer um filme e pendurar a conta na Secretaria de Comunicação do Senado. Eu não fiz isso”, intimidou Calheiros, sem explicar o que pretendia dizer com a afirmação.

Antes disso, cenas de ação e romance movimentaram a entrada do plenário, quando Fernando Gabeira (PV-RJ) acertou um soco em Tião Viana (PT-AC) e, logo em seguida, pediu desculpas com um beijo. O presidente do Senado ainda trocou elogios com Heloísa Helena (PSOL-AL), gritando que ela deveria lavar a boca com água sanitária, porque sonegou impostos. Tudo isso foi exposto nos jornais de hoje, que foram informados com detalhes sobre o que aconteceu dentro da sessão fechada.

No fim das contas, Calheiros foi absolvido do processo de cassação, mas uma pergunta ficou no ar (dentre muitas outras): Qual seria o nome do filme que a produtora de Mônica Veloso faria para Renan Calheiros? Lembrando que o custo ficaria por conta da Secretaria de Comunicação do Senado. As melhores respostas ganharão um prêmio secreto, entregue em sessão secreta pelo próprio presidente do Senado Federal. A idéia será transformada no roteiro de uma mega produção cinematográfica.