
Para entender o caso das agentes secretas brasileiras que combatem a corrupção, é preciso voltar no tempo, quando a agência foi criada em 1983. Naquele ano, com a abertura política, os militares temiam que a ordem dos tempos da ditadura se perdesse com a entrada de civis de esquerda no poder. Para se infiltrarem nos covis partidários, eles não poderiam usar homens engravatados. Era muito óbvio.
A solução foi recrutar meninas com idades inferiores a dez anos para um rigoroso treinamento. Os pré-requisitos incluíam a beleza, a facilidade de comunicação e o poder de convencimento. Assim, foi fundada a agência “Amante”, uma sigla cujo significado ainda não foi desvendado. Os investimentos iniciais partiram dos próprios militares em parceria com a Embrapa, empresa criada dez anos antes pelo então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici.
Os recursos foram levantados com a venda de segredos sobre as primeiras pesquisas realizadas no Brasil à respeito dos biocombustíveis. Na época, técnicos dos Estados Unidos estiveram por aqui para aprender a plantar a Ricinus communis L., popularmente conhecida como Mamona. E assim aconteceu até que as moças atingiram uma fase mais avançada do treinamento, com uma penetração maciça nas diversas esferas do Poder.
A partir daí, a forma de levantar fundos mudou. Aproveitando a beleza física das garotas, a agência começou a estreitar relações com as chamadas revistas masculinas. Os ensaios de nu artístico, então, passaram a ser a principal fonte de sustento das atividades da “Amante”. Em março de 1990, na flor da idade, a agente disfarçada de atriz Luma de Oliveira inaugurou a nova estratégia mostrando seus dotes na Playboy.
A negociação foi encaminhada por uma das coordenadoras da agência secreta, Ísis de Oliveira, irmã de Luma, que, um ano mais tarde, também voltaria às páginas da revista. Até hoje, as panteras da “Amantes” continuam a emprestar seus corpos em benefício do combate à corrupção. A partir desta terça-feira, 29 de abril, os “leitores” da Sexy poderão conhecer melhor os traços de uma das mais avançadas criações da agência, recrutada aos 5 anos de idade e escalada para missões internacionais.